Era dia 01 de janeiro de 2002, quando dezenas de desportistas barbalhenses se reuniram e resolveram fundar o time profissional do Barbalha Futebol Clube. Antes, havia uma equipe com o mesmo nome, mas era amadora.
Nesses 22 anos de história a Raposa Caririense conquistou os títulos do Cearense Série C de 2007, Cearense Série B de 2018 e a Taça Fares Lopes de 2013. Em 2019, o time comemora o fato de ter ficado no topo da tabela, no primeiro turno do Campeonato Cearense da Série A. No regulamento não falava em status de título, mas para homenagear o cronista esportivo, Sérgio Pinheiro, que havia morrido naquela época, a Federação Cearense de Futebol, de última hora, criou um troféu, que foi conquistado pelo Barbalha.
Alguns jogadores são considerados ídolos como os atacantes Cristóvão, Edson Cariús e Cleber. Os três foram destaques em conquistas importantes. Cristóvão foi artilheiro da Terceirona do Cearense de 2007, com 12 gols. Cléber foi artilheiro da Série B do Cearense de 2018, com 18 gols. Já Edson Cariús, campeão da Taça Fares Lopes de 2013, não foi artilheiro da competição e nem era titular do time. Na época Cariús era reserva de Juranílson, mas o torcedor lembra das vezes que o atacante entrava no jogo e balançava as redes. Logo virou xodó da torcida. Sem contar que 2013 foi uma marca que ninguém bateu até hoje. O Barbalha foi campeão, sendo time da Série C do Cearense, e mesmo assim, derrotou todas equipes de divisões superiores, conquistando o título.
O goleiro Valdo é outro que entrou para a história do clube. Ele passou 7 jogos sem sofrer gols e fez parte das conquistas de 2007 e 2013
Washington Luiz é o único que foi campeão como jogador e técnico. Em 2007, ele começou a Terecirona do Cearense como volante titular ao lado de Cabal. Depois perdeu a posição para Carlão, mas foi muito importante no grupo. Em 2013 e 2018, Washington era o técnico que comandou o time aos títulos da Fares Lopes e Série B Cearense, respectivamente.
Gilson Alves Feitosa, foi o único dirigente do clube presente em todas as conquistas. Como presidente ou outro cargo da diretoria, Gilson fez parte dos títulos.
Felisberto da Fonseca foi o primeiro técnico do time, em 2002, e foi preparador físico em outros anos e auxiliar técnico, em 2007 e 2013.
Jorge Luiz, o Bacalhau, foi importante nas conquistas da Raposa Caririense. Em 2007, ele foi convidado pelo então presidente do clube, Egberto Santos, para ser o treinador do time. Na ocasião, Bacalhau tinha um acordo para ser técnico do Paraíba de Cajazeiras, e foi ele quem indicou o técnico Raimundo Wagner, que foi contratado e terminou com a conquista inédita para o clube. Bacalhau ainda ajudou na montagem do elenco. Em 2013, Jorge Luiz era presidente do conselho deliberativo do Barbalha e o responsável pela formação do grupo e contratação do técnico Washington Luiz. E foi também o Bacalhau, ao deixar o cargo de treinador, antes da última partida da competição, precisando apenas de um empate para o acesso, quem indicou Washington Luiz para ser técnico do time em 2017 que confirmou o acesso à Série B do Cearense de 2018 e, posteriormente, campeão daquela competição.
Gustavo Ferreira de Barros já foi de tudo no Barbalha, técnico, presidente, roupeiro, tesoureiro, etc. Nos anos de 2005 e 2006, ninguém queria assumir o clube. Foi Gustavo quem manteve o time competindo, mesmo passando por crise financeira. Também foi importante para a Raposa.
Geane Teixeira, conhecida por Yanne, fez de tudo um pouco no Barbalha. Foi peça importante, juntamente com Gustavo nos anos difíceis de 2005 e 2006. Foi a única mulher presente no título de 2007.
Carlotinha foi o primeiro mascote. Ele vestia uma fantasia da Raposa Caririense, confeccionada pelo artista plástico, Cícero de Rex, na entrada dos jogadores, no gramado do estádio Lírio Callou, O Inaldão.
Vários nomes se destacaram de forma positiva no Barbalha Futebol Clube, Eloni, Augostinho dos Santos, Leílson, Brito, Bujica, Victor Lagoa, Serginho, Lamar, Márcio Allan, Netinho, Cabal, Elisa Grangeiro, Tamboril entre muitos outros. Impossível falar de todos em uma única matéria. Independente de dirigente, jogador ou, simplesmente, colaborador, inúmeras pessoas deram a contribuição para o Barbalha Futebol Clube. Nesses 22 anos de história o time ainda tem muito a evoluir. Único representante da região do cariri na elite do futebol alencarino, o Barbalha sonha em voar mais alto. Primeiro objetivo é a permanência na 1a divisão e depois, quem sabe, buscar uma vaga inédita para a Série D de um Campeonato Brasileiro. Por enquanto, isso é um sonho, porém, o torcedor e o técnico Márcio Allan esperam que seja realizado. Inclusive, o treinador barbalhense, revelou esse objetivo em conversa com a reportagem do Replay. Veja no vídeo abaixo.